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STF adia definição de futuro de Ednaldo Rodrigues no comando da CBF
Esporte
Publicado em 10/10/2024

Ministro Flávio Dino pediu vista do processo, ou seja, mais tempo para analisar o caso, depois do voto do relator, ministro Gilmar Mendes

 

O plenário do Supremo Tribunal Federal adiou, no início da noite desta quarta-feira, o desfecho do caso envolvendo o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, no comando da entidade máxima do futebol brasileiro.

 

Após o voto do relator do caso, ministro Gilmar Mendes, o ministro Flávio Dino pediu vista do processo, ou seja, mais tempo para que o processo seja analisado, suspendendo provisoriamente o julgamento.

 

O único voto lido na sessão desta quarta-feira foi do ministro Gilmar Mendes. Ele repetiu os argumentos usados na liminar de janeiro para manter Ednaldo Rodrigues no cargo.

 

Gilmar Mendes também votou no sentido de que o mérito da causa fosse julgado, não somente o referendo da liminar que reconduziu Ednaldo Rodrigues ao comando da CBF.

 

O mais importante foi a postura da Fifa e da Conmebol, que não reconheceram a destituição de Ednaldo Rodrigues e ameaçaram excluir times e seleções brasileiras de competições internacionais.

 

Ednaldo Rodrigues não acompanhou o julgamento no STF. O dirigente está com a Seleção Brasileira, que nesta quarta-feira treinou em São Paulo e então embarcou rumo a Santiago, onde enfrenta o Chile nesta quinta-feira, pelas Eliminatórias.

 

O mandato de Ednaldo Rodrigues, que começou em março de 2022, vai até março de 2026. As eleições para presidente e vices da CBF podem ser convocadas em qualquer momento no último ano de mandato – ou seja, a partir de março de 2025. Ednaldo pode concorrer à reeleição.

 

Entenda o caso

Em dezembro do ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro havia afastado Ednaldo e os oito vice-presidentes da CBF, por entender a eleição deles havia sido ilegal.

 

O TJ-RJ avaliou que a eleição na CBF, ocorrida em março de 2022, não poderia ter ocorrido sob regras definidas por um acordo entre CBF e Ministério Público, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta).

 

Os desembargadores da 21a Vara de Direito Privado do TJ-RJ decidiram por três votos a zero que o MP não teria poder para "interferir" numa entidade de direito privado, como é o caso da CBF.

 

Além de anular a eleição, o TJ-RJ nomeou o então presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, como interventor durante um mês, período em que deveria convocar eleições – o que não chegou a ocorrer.

 

A intervenção durou menos de um mês, de 7 de dezembro de 2023 a 4 de dezembro de 2024, quando o ministro Gilmar Mendes deu a liminar que derrubou a decisão do TJ-RJ.

Nesse período, a Fifa e a Conmebol se posicionaram a favor de Ednaldo Rodrigues. As duas entidades afirmaram que não reconheciam o administrador nomeado pela Justiça do Rio de Janeiro para administrar a CBF durante a intervenção. E ameaçaram excluir seleções e clubes brasileiros de competições internacionais.

O papel da Fifa e da Conmebol foi decisivo embasar a liminar concedida por Gilmar Mendes em janeiro, num recurso apresentado pelo PC do B. O ministro mencionou o risco de exclusão das competições na decisão de reconduzir Ednaldo Rodrigues ao cargo de presidente.

 

Antes da liminar, Ednaldo havia sofrido derrotas em recursos apresentados ao próprio TJ-RJ e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e também ao Supremo Tribunal Federal (STF) – o ministro André Mendonça havia decidido negativamente num recurso apresentado por outro partido político, o PSD

 

Troca de técnico e Copa Feminina

 

 

A volta de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF em janeiro deste ano foi marcada por decisões importantes no comando da seleção brasileira. O dirigente imediatamente demitiu Fernando Diniz, que treinava a Seleção enquanto acumulava o cargo de técnico do Fluminense, e anunciou a contratação de Dorival Júnior.

 

Em maio deste ano, o Brasil foi escolhido pelo Congresso da Fifa para ser sede da próxima Copa do Mundo Feminina, a ser realizada em 2027. O Brasil derrotou uma candidatura da Europa, formada por Holanda, Bélgica e Alemanha. Antes disso, candidaturas da Concacaf (México/EUA) e África do Sul haviam se retirado da disputa.

 

FONTE: GE.COM

 

 

 

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